GUERRA ISRAEL-GAZA: FERIDOS, FAMINTOS E SOZINHOS; MAIS DE 24 MIL CRIANÇAS DE GAZA FICARAM ORFÃS PELO CONFLITO, DIZ MONITOR EURO-MEDITERRÂNICO DOS DIREITOS HUMANOS.
janeiro 31, 2024Nascida em meio aos horrores da guerra em Gaza, a menina de um mês de idade, deitada numa incubadora, nunca conheceu o abraço dos pais.
Ela nasceu por cesariana depois que sua mãe, Hanna, foi esmagada em um ataque aéreo israelense. Hanna não viveu para dar o nome à filha.
“Nós apenas a chamamos de filha de Hanna Abu Amsha”, diz a enfermeira Warda al-Awawda, que cuida do pequeno recém-nascido no Hospital al-Aqsa em Deir al-Balah, no centro de Gaza.
Aviso: esta peça contém descrições gráficas que alguns podem achar perturbadoras.
No caos causado pelos combates em curso e com famílias inteiras quase exterminadas, os médicos e as equipes de resgate muitas vezes lutam para encontrar cuidadores para as crianças enlutadas.
“Perdemos contato com a família dela”, conta a enfermeira. “Nenhum dos parentes dela apareceu e não sabemos o que aconteceu com o pai dela.”
As crianças, que representam quase metade da população de 2,3 milhões de Gaza, tiveram as suas vidas destruídas pela guerra brutal.
Embora Israel diga que se esforça para evitar vítimas civis, incluindo a emissão de ordens de evacuação, mais de 11.500 menores de 18 anos foram mortos, segundo autoridades de saúde palestinas. Ainda mais pessoas sofrem lesões, muitas delas que mudam vidas.
É difícil obter números exactos, mas de acordo com um relatório recente do Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos, um grupo sem fins lucrativos, mais de 24 000 crianças também perderam um ou ambos os pais.
fonte BBC News, Jerusalém