ECONOMIA: GOVERNO FEDERAL NÃO CORTA SEUS PRÓPRIOS GASTOS, MAS ELIMINARÁ 670,4 MIL BENEFÍCIOS DAS PESSOAS QUE MAIS PRECISAM…ENTENDA MAIS.

ECONOMIA: GOVERNO FEDERAL NÃO CORTA SEUS PRÓPRIOS GASTOS, MAS ELIMINARÁ 670,4 MIL BENEFÍCIOS DAS PESSOAS QUE MAIS PRECISAM…ENTENDA MAIS.

agosto 7, 2024 Off Por Jhonny Jhon

Com essa redução na quantidade de beneficiários, a economia no próximo ano pode chegar a R$ 6,5 bilhões.

O governo estima que poderá cortar o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a 670.413 mil pessoas em 2025, com base no pente-fino que será realizado no programa visando à verificação da situação cadastral dos beneficiários. Com essa redução na quantidade de beneficiários, a economia no próximo ano pode chegar a R$ 6,5 bilhões. O problema é que a pressão de novas concessões continuará existindo, e a despesa do programa deve subir 5,8% em 2025 em relação ao gasto deste ano.

Os dados constam em nota técnica elaborada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para a elaboração do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas do 3º bimestre, divulgado no final de julho. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo, com base em um pedido via Lei de Acesso à Informação.

O pente-fino inclui a revisão dos dados de 2,3 milhões de pessoas que recebem o BPC, com foco nas que estão fora do Cadastro Único ou com esse registro desatualizado há mais de 24 meses, e também mirando a avaliação da renda per capita familiar e verificação bienal da avaliação biopsicossocial. De acordo com a nota técnica, a expectativa é de que 55.868 benefícios sejam cessados por mês – a maior parte, 30.983, corresponde aos pagamentos para pessoas com deficiência e os 24.885 restantes seriam para idosos. Esse volume não inclui o fluxo natural de cessação de pagamentos por motivos diversos à revisão cadastral, incluindo mortes.

O documento frisa que a ação tem como objetivo identificar os benefícios irregulares e melhorar a focalização do BPC, mas que depende também da ação de outros órgãos, desde a análise do INSS até a realização de perícias. “Ademais, por tratar-se de ação exploradora, sem referência de registros históricos robustos, além de complexidade considerável em sua operacionalização, poderá haver futuramente a necessidade de ajustes no processo para a melhor consecução dos resultados”, diz o documento.

Pressão nos gastos

Mesmo com o pente-fino cadastral, o MDS pondera no documento que essas ações não interferem na quantidade de concessões mensais e que, em 2024, houve um aumento substancial dos requerimentos novos e de benefícios concedidos. Em parte, esse movimento é explicado pela ação de zerar as filas de espera dos benefícios previdenciários.

As novas concessões, no entanto, pressionam a projeção de gastos para este ano e também para os anos subsequentes. O MDS já alertou que para 2024 será necessário suplementar o orçamento do BPC. A estimativa é de que mais R$ 6,4 bilhões sejam acrescentados ao programa para bancar os pagamentos neste ano, que totalizariam R$ 106,6 bilhões.

Para os próximos anos, a concessão do BPC segue em alta, o que provocará um aumento dessa despesa. As projeções do MDS visam avaliar o período de 2024 a 2028 do BPC, renda mensal vitalícia e auxílio inclusão e apontam para um gasto de R$ 112,8 bilhões em 2025, uma alta de 5,8% em relação a este ano. O viés de alta da despesa continua, com o BPC subindo para R$ 118,5 bilhões em 2026, R$ 128,4 bilhões em 2027, e chegando a R$ 140,8 bilhões em 2028.

*Com informações do INSS

 

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