‘Meu filho morreu com fome porque não teve coragem de me pedir comida’, diz mãe de homem morto após furtar carne em mercado na BA
Família de Bruno e Yan conta que os dois foram entregues por seguranças do supermercado Atakarejo para traficantes após serem flagrados roubando quatro pacotes de carne.
A dona de casa Dionésia Pereira Barros está revoltada com a morte do filho, Bruno Barros, de 29 anos, e o neto Yan Barros, de 19 anos, que foram assassinados após serem torturados por traficantes.
A família de Bruno e Yan conta que os dois foram entregues por seguranças do supermercado Atakarejo para traficantes após serem flagrados roubando quatro pacotes de carne. Uma testemunha, que presenciou o fato, contou à TV Bahia, que viu a dupla ser entregue a homens armados no estacionamento do estabelecimento.
A família dos dois homens relata que um deles enviou áudios pedindo dinheiro para pagar carnes que eles teriam furtado de um supermercado. Com o dinheiro, ele pagaria os quatro pacotes de carne de charque que, juntos, custavam R$ 755,60. No supermercado Atakarejo, onde ocorreu o caso, cada pacote com 5 kg custa R$ 188,90.
Entenda o caso
Na noite de segunda-feira (26), dois homens foram achados mortos na localidade da Polêmica, em Salvador. De acordo com a Polícia Civil, eles foram torturados e atingidos por disparos de arma de fogo. À época, a polícia informou que a motivação do crime estava relacionada ao tráfico de drogas.
Um dia depois, na terça-feira (27), eles foram identificados como Bruno Barros e Yan Barros. Na quinta-feira (29), a mãe de Yan, Elaine Costa Silva, revelou que ele foi morto após ter sido flagrado pelos seguranças do supermercado Atakarejo por furtar carne no estabelecimento.
Segundo ela, o tio de Yan, Bruno, que também foi morto, enviou áudios a uma amiga informando o que tinha acontecido e pedindo ajuda para não ser entregue aos traficantes do Nordeste de Amaralina.
G1-BAHIA
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